O município de Jaguariaíva recebe a partir de terça-feira (10) os serviços técnicos, especializados na área de Controle Natural de Vetores para redução da infestação do mosquito da dengue. A empresa Forrest Brasil participou do edital N° 02/2022 de 29 de setembro de 2022, que prevê a prestação destes serviços. A atuação da empresa terá duração de um ano.
A Forrest irá atuar na região sul do município, que possui os maiores índices de infestação pelo mosquito na cidade. Foi selecionada uma área de 1 km², que compreende os bairros Boa Vista, Vila Kennedy I e II, Primavera I e Jardim Santa Cecília, com 6 mil habitantes. O trabalho consiste na instalação das armadilhas do tipo ovitrampa, para captura de ovos do mosquito, liberação dos mosquitos machos estéreis para redução da infestação do mosquito nas localidades de atuação, além da realização de ações de divulgação do projeto e educação comunitária.
Alta no número de casos
O município faz parte da 3ª Regional de Saúde do estado, com sede em Ponta Grossa. Assim como a maior parte dos municípios da região, a cidade não possui muitos casos de dengue confirmados, com 19 confirmações em 2021 e 5 no ano de 2022. No entanto, é considerado infestado pelo mosquito Aedes aegypti, tanto que o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti) realizado em janeiro apresentou resultado 1,4, gerando o Alerta para dengue na cidade, já no levantamento seguinte, realizado em abril, o índice de 4,7 foi ainda maior, resultando em risco de surto da doença.
Início do projeto
O evento que marca o início do projeto, com participação das equipes da Forrest Brasil e da Vigilância Epidemiológica do município, a Prefeita de Jaguariaíva, Alcione Lemos, o Secretário de Governo, Ghiovanny Lorusso, bem como a Secretária de Saúde, Amália Cristina Alves será realizado no Cine Teatro da cidade, às 8h30.
Resultados
A empresa Forrest Brasil Tecnologia desenvolveu uma tecnologia única no mundo, com cientistas paranaenses e israelenses, e produz a tecnologia TIE – utilização do Inseto Estéril –, em que os mosquitos machos estéreis são soltos de forma massiva. Os machos estéreis se acasalam com as fêmeas selvagens, que deixam de procriar, o que provoca uma redução gradativa na infestação e na disseminação de doenças como a Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela urbana.
O projeto já foi implantado no Paraná nas cidades de Jacarezinho no norte do estado e também em Ortigueira, esta última com o apoio da empresa Klabin e da prefeitura do município. Em Ortigueira, o trabalho mais recente, foram 2 anos de tratamento, o que resultou em uma redução de 99% na infestação, em comparação com o início do projeto. Os dados coletados em dezembro de 2022 demonstram manutenção dos baixos índices larvais (larvas por armadilha), com grande redução em comparação com os anos anteriores.
Dezembro 2020 (1 mês após início das solturas): 9,2 larva/armadilha
Dezembro 2021: 1,4 larva/armadilha
Dezembro 2022: 0,4 larva/armadilha
Em 2022, foram 6 casos autóctones de dengue, isso significa que foi mantida a redução de 95% no número de casos, em comparação com 2020. No ano epidemiológico de 2023 (início em agosto de 2022), Ortigueira registrou apenas um (1) caso confirmado, porém sem confirmação do local de provável da infecção, e ainda pode ser considerado um caso importado.
Com informações da Assessoria de Imprensa
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