Equipe da Forrest tira dúvidas de moradores sobre o projeto que solta mosquitos em Ortigueira
A Forrest Brasil Tecnologia começou nesta quarta-feira (24), dentro da Rodoviária, uma série de demonstrações do projeto Controle Natural de Vetores, desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Ortigueira e a Klabin.
Uma equipe da empresa permanece até quinta-feira (25), das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30, apresentando detalhes do projeto que, desde novembro do ano passado, já soltou 9,2 milhões de Aedes aegypti estéreis no município.
Durante a sessão de apresentação, é possível conhecer o ciclo da vida aquática e terrestre do mosquito e ainda colocar a mão dentro de uma caixa com centenas de Aedes estéreis, para observar que, tal como a empresa afirma, os mosquitos não picam e não se alimentam de sangue, portanto não fazem mal à saúde.
Dedos entre mosquitos
Na tarde desta quarta-feira (24), o empresário ortigueirense Rone da Silva, 34, acompanhou uma das sessões de apresentação ao lado da filha, Yara, 9. Observando a própria filha, que acabou de colocar a mão dentro de uma gaiola com centenas de mosquitos, ele se surpreende com o que testemunha à frente:
“Escuto todo mundo dizer que esses mosquitos do projeto picam, mas não é verdade. Eles nem se aproximam dela”, afirma.
“Nenhum deles me picou. Foi diferente do que pensei”, diz Yara, ainda com as mãos entre os mosquitos.
Segundo o ortigueirense, três de seus amigos já foram diagnosticados, no passado, com dengue. “Desde que o projeto começou, não conheci mais ninguém que teve a doença. O projeto já está dando resultado. Para combater a dengue, só mesmo algo desse tipo”, afirma Silva.
Segundo a SMS, Ortigueira não teve nenhum caso de dengue registrado neste ano.
Reduções de mosquitos
Segundo a Forrest, o tratamento de supressão da empresa evitou completamente o aumento sazonal da população de mosquitos, esperado para os meses de janeiro e fevereiro.
O tratamento, que deve durar 2 anos, já apresenta evidências de redução gradual da população de mosquitos, como a diminuição no número de ovos coletados e das taxas de nascimento de novos mosquitos.
Como funciona
Liberados de duas a três vezes por semana no município, os machos estéreis do Aedes aegypti procuram as fêmeas para se reproduzir. Os ovos que surgirem, porém, não terão novos mosquitos, evitando o nascimento do Aedes que poderá transmitir doenças como dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela.